sábado, 19 de março de 2016

Talking About Love #22

Tudo começou, aquilo voltou, você mudou, mas o novo se fez.
O outro que vem, bem melhor que você, apareceu aqui com prazo de validade para ir.

Quando pensei que estava maduro, o podre caiu e sujou meu caminho.
Facilmente escorrego em alteregos, transformando a sujeira em algo belo. 

O sentimento se faz e se desfaz tão rapidamente quanto o castelo de areia quente.
Tudo é tão facilmente dissolvido, antes mesmo de ser digerido.

O vai e vem não vê a quem,
Bate em nós como se fosse mais alguém entre a gente.
O mundo cheio não sabe administrar muita coisa relacionada ao amar.

sábado, 12 de março de 2016

Talking About Love #21

Quem diria que seria você?
O sorriso que apareceria pra mim, e fizesse com que o mundo tivesse sentido, assim.

Você é tão diferente de mim, mas nossos sonhos se encontram aqui.
Eu não quero te deixar pra trás, vou fazer com que você não me esqueça jamais.

Quando seus lábios se encontram com o meu, a chama acende e o nosso beijo é mais além do que ardente.

Aquele seu olhar que você faz, fica na memória pra me trazer a paz.
E os seus toques eletrizantes na minha pele, me traz à tona a vida e me deixa leve.

domingo, 6 de março de 2016

Círculo 360. #01

16 de fevereiro de 2015, mais um ano se iniciava para valer após o carnaval, na Faculdade de Artes em Niterói, Rio de Janeiro, e mais uma vez, Paula se encontrava na coordenação do curso de música para tentar resolver seus eternos problemas acadêmicos que perpetuavam por anos.
           Seus longos cabelos loiros e lisos, seu corpo magro e seus olhos cor de mel, talvez não fossem suficientes para seduzir quem rodeava Paula.
- Paula, as aulas iniciaram há duas semanas e você só aparece aqui hoje.  Você ainda se acha no direito de querer que eu resolva tudo pra você. Não dá! Todo semestre é isso. Você tem que aprender a arcar com suas responsabilidades.
- Dona Pilar meu amorzinho, não dava pra eu arcar com minhas responsabilidades estando em Recife, pois a minha única preocupação era com as férias e diversão.
- Férias essas que deveriam ter acabado há duas semanas...
- Fofa, e o carnaval? Até quando vocês vão insistir nessa história de iniciar o semestre antes do carnaval? E nem vem que não tem! Não sou a única que só está vindo resolver os problemas hoje.
- Mas, é a única que está na faculdade há quatro anos, e ainda está tentando pagar matéria do primeiro período, e nem sonhando vai conseguir se formar esse ano.
- Olha quer saber? Não vou me estressar com você hoje, pois é meu aniversário, mas amanhã voltarei pra cá já sabendo que você regularizou tudo na minha matrícula como uma maneira pessoal sua de me presentear, Pilarzinha mais linda da minha vida. Kisses in your heart. –
Colocando dois dedos nos lábios e mandando beijo para Dona Pilar, coordenadora do curso de música, Paula se retirou e foi em direção ao seu lugar preferido na Faculdade de Artes: “O círculo”, que ficava numa parte aberta do meio do prédio.  O círculo era um enorme banco de cimento em forma circular e no meio dele havia uma árvore de ipê amarelo. Vários alunos se reuniam por lá, para estudar, descansar, bater um papo, e até fazer as famosas “Fast Party”, que eram festinhas rápidas que rolavam entre uma aula e outra.
Ao chegar no círculo e se dirigir ao seu esconderijo no ipê amarelo, Paula se deparou com um garoto que tentava tocar o violão que ela escondia dentro de um espaço aberto do caule da árvore.
- Quem é você, garoto? Esse violão é meu, saia daqui! – Disse Paula enquanto puxava o violão da mão do garoto.
- O que você tem de bonita, você tem de grossa.
- Você ainda não viu nada, neném.
- O neném aqui se chama Mayk, prazer...
- Isso é nome de cachorro, não de neném.
- Acho que minha mãe na verdade queria um filhote de poodle, mas teve que se contentar com minha chegada.
- Você é tão fresco quanto um poodle?
- Não, mas você pelo visto é.
- Porque você diz isso?
- Porque eu não diria? Olha a forma que você me recepcionou, “neném”. – Ironizou Mayk
- Foi mal, mas estou com alguns problemas aqui na faculdade e acabei me estressando, além disso, hoje tem a minha festa de aniversário no Clube e estou cheia com tantos preparativos. Ainda, quando venho pra cá relaxar um pouco, encontro você...
- Nossa! Feliz aniversário!
- Obrigada! Inclusive, você poderia me dar como presente, sua saída daqui. Kisses in your heart.
- Grossa!
- Mais do que a sua voz de menininha, inclusive! Vai, caia fora do meu canto. –
Mayk era calouro da Faculdade de Artes, tentava conhecer e se familiarizar com cada lugar daquele prédio.
Na escola, Mayk sofria por ser muito magro e desengonçado. Isso fazia com que os “descolados” nunca dessem o valor que Mayk merecia.
Aos 18 anos, com a entrada na Faculdade, ele decidiu mudar também o seu estilo para esquecer tudo o que ficou no colegial, e iniciar uma nova fase. Ele incrementou ao seu estilo, um piercing de argola em seus lábios, um corte descolado no cabelo, e há um mês frequentando a academia e fazendo uma dieta, seu corpo já estava começando a ficar mais encorpado. O “moreno bonitão” que ele sempre sonhou ser, estava começando a ganhar forma.
Para Mayk, a faculdade ia ser a porta de entrada para novas experiências nunca provadas na escola, mas ficou decepcionado quando se deparou com a forma que Paula o tratou. Até que, ao sair do círculo para seguir caminho para outros lugares do prédio, Paula o chamou.
- Ei, garoto!
- Oi? – Voltou Mayk, surpreso.
- Tem o que fazer hoje à noite?
- Nada! Comer e dormir. Por quê?
- Vá pra minha festa! Vai ser legal, você vai gostar e vai ser bom pra você conhecer a galera. Vai ser no Clube aqui perto, às 18 horas.
- Oba! Festinha na piscina.
- Não é a piscina que é interessante...
- E é o que então?
- Vem comigo, que eu te mostro! –
Paula e Mayk seguiram para o Clube, que era um lugar com piscina perto da Faculdade de Artes, onde rolava todas as festas mais badaladas da redondeza.
Chegando lá, já havia algumas pessoas que faziam a decoração da festa. Mas, Paula não estava preocupada com isso agora. Ela puxou Mayk pelo braço e o levou para um lugar dentro do Clube, que tinha que passar por uma trilha cheia de árvores.
- Que lugar é esse? – Questionou Mayk, com medo.
- Aqui é a trilha que dá acesso à uma queda d’água, tipo uma cachoeira. Legal, né? Todo mundo vem pra cá escondido.
- E o que as pessoas vem fazer aqui, tendo uma piscina lá na frente?
- Vem transar, fumar maconha, beber vinho com pipoca, ser feliz! Aqui é bem mais natural, e só os pássaros são testemunhas das nossas atitudes. Eles e o vigia de vez em quando, mas esse aí quando aparece, todo mundo corre.
- Ual! – Mayk estava assustado, mas tudo isso excitava seus instintos.
Paula começou a tirar a blusa, ficando nua na parte de cima, o que assustou mais ainda, Mayk.
- O que você tá fazendo? – Questionou ele de olhos arregalados.
- Vamos tomar banho, bobo! Vem, tira essa roupa. – Disse Paula enquanto corria para se jogar no rio. –
A água era clarinha e a visão da cachoeira era maravilhosa para Mayk.  Quando finalmente ele teve coragem de ao menos tirar a camisa para pular na água e se juntar à Paula, uma voz gritante contrastou o barulho da queda d’água.
- Ei, vocês! Saiam daí agora. – Gritava um homem que entre as árvores, vinha em direção dos dois jovens.
- Quem é esse? – Perguntou Mayk prestes a cair na água.
- É o vigia. – Respondeu Paula saindo da água seminua.
- E o que fazemos agora?
- Corremos! –
Paula rapidamente se vestiu e puxou pela mão de Mayk, correndo por uns atalhos entre as árvores. Esses atalhos os levaram para fora do Clube, sem que o vigia conseguisse chegar ao menos perto dos dois para dar uma bronca.
Interrompendo os risos, Paula se deu conta que já tinha se passado algumas horas, e ainda havia muita coisa de sua festa para ser organizada.
- Nossa! Já são 16:00 horas e o Rodrigo ainda não me ligou.
- Quem é Rodrigo?
- Ah, meu namorado. O celular dele tá desligado desde cedo... – Lamentou Paula, olhando para o celular com o olhar raivoso.
- Nossa! Seu namorado não vai me matar quando souber que te vi com os seios a mostra lá na cachoeira?
- Claro que não, cara. Ele não tem ciúmes dos meus amigos gays.
- Gay? Oi?
- Ué, você não é gay?
- Claro que não sou. Tá louca? –
Nesse momento, Paula gargalhou até saírem lágrimas dos olhos.
- Cara, desculpa. Eu jurava que você era gay.
- Não sou, tá bom? Nunca falei isso. Aprenda a perguntar com delicadeza as pessoas, ou conheça mais delas, antes de se precipitar.
- Ai, tá bom, ta bom. Mayk-não-gay-Mayk-hetéro, preciso de um favor seu.
- Do que, Paula-nada-delicada-Paula-precipitada?
- Você vai ter que ir na casa do meu namorado, pois agora vou ter que resolver uns últimos detalhes do Buffet e não vai dar tempo de ir lá. Fala pra ele que vá me buscar mais cedo em casa, pra fazermos a passagem de som antes da galera chegar à festa.
- Vão passar o som de que?
- De um cavalo mudo rinchando de tesão em cima de você... Dããã, de uma banda né? Da nossa banda.
- Vocês têm banda?
- Sim, sou vocalista, ele o guitarrista, e tem mais três amigos que tocam junto conosco.
- Qual o nome da banda?
- The Rockers!
- Quanta originalidade... – Disse Mayk de forma irônica.
- Ah, vai te catar! Faz esse favor pra mim, por favor! Já fui legal demais com você por hoje. Inclusive, “Cota Bondade” do dia foi concluída, e a “Cota Paciência” já está acabando.
- Muito legal mesmo, para não dizer o contrário, né? Mas vou sim. Me fala onde ele mora. – Disse Mayk, enquanto ouvia as instruções de Paula.
Já era noite e todos já estavam na festa de Paula. O Clube estava cheio de alunos da Faculdade de Artes. As festas de Paula já era uma tradição para os veteranos, e um ritual de entrada para os calouros.
Paula estava preocupada por que ninguém de sua banda havia chegado, e Mayk ainda não tinha aparecido para lhe dar alguma resposta.
Quando ela decidiu abandonar a festa para ir em busca de informações, Mayk aparece com uma cara assustadora.
- Finalmente, Mayk! Cadê os meninos?
- Os meninos? Você não ligou pra o Rodrigo? – Perguntou Mayk aparentemente nervoso.
- Seu retardado, você esqueceu que te mandei ir lá na casa dele porque eu não tava conseguindo contato? Aff, pelo jeito vou ter que ir lá mesmo! – Disse Paula, saindo em direção à saída do Clube.
- Você não pode ir lá! – Falou Mayk gravemente, e antes de Paula questionar, ele continuou – Sua banda não virá pra cá.
- Você está louco? Claro que virá, hoje é meu aniversário. –
De olhos fechados para não sentir o impacto da bomba, Mayk disparou rapidamente:
- Rodrigo, junto com a banda estão participando de um concurso musical no outro lado da cidade. E ... Pelo jeito você não é mais a vocalista, e nem namorada do guitarrista. Ele tava com outra na casa dele quando fui naquela hora que você mandou.
- Como é essa garota? – Perguntou Paula com ar de seriedade.
- Uma magrinha, de cabelos curtos e castanhos...
- LARISSA! – Gritou Paula, correndo em direção a um taxi – ME LEVA NO CONCURSO DE MUSICAL QUE ESTÁ HAVENDO NO OUTRO LADO DA CIDADE! AGORA!


quarta-feira, 2 de março de 2016

Música da Semana. #PERDETUDO

Fala galera!
Hoje vou falar de uma música que foi lançada essa semana e não saiu da minha cabeça.
“Perde Tudo” é o terceiro single do lançamento da carreira solo da cantora Lua Blanco. O álbum da cantora está sendo vendido na pré-venda, junto com outros produtos e experiências, até o dia 05/03/2016 (dia de aniversário dela) no site da campanha NO MUNDO DA LUA. Campanha que a cantora criou para lançar seu projeto solo e dar continuidade nesse trabalho, contando com a aproximação dos fãs.
Os dois singles anteriores a “Perde Tudo” são tão maravilhosos quanto o mesmo, Lua até aqui já nos trouxe um pop leve com “Eu e o Tempo”, pop-rock com “O Mundo Todo” e agora com “Perde Tudo”, ela nos faz apaixonar com uma balada romântica.
Lua Blanco decidiu se reunir com fãs no Rio de Janeiro para lançar em primeira mão, a canção "Perde Tudo". Confira aqui como foi o encontro de lançamento!
“Perde Tudo”, nos faz cantar para aquela pessoa que nos exige tudo, sempre achando que tem razão e acaba nos perdendo por nos fazer cansar desse tipo de relação.
Confira a letra:

Lua Blanco – Perde Tudo

Eu vou esquecer o que vai dizer.
Eu não vou beber o que você escolher.
Eu não vou querer saber o que vai fazer.
Não quero saber, não quero saber.

Eu não vou lembrar de telefonar.
Se você quiser sair eu não vou ligar.
Se você quiser mentir eu não vou brigar.
Não quero saber, não quero saber.

Eu vou apagar o seu telefone.
Você quer que eu chore, você quer que eu ame.
Você quer de tudo!
Você perde tudo!

Eu vou esquecer onde você mora.
Você quer que eu fique você quer que eu mude.
Você quer de tudo!
Você perde tudo!
Você perde tudo!

Já não importa o que quiser.
Quanto mais quer mais perde.
Só você não percebe a razão,
Diz que a tem pelas mãos.


(Capa do single "Perde Tudo")