domingo, 28 de junho de 2015

Talking About Love #011

Não sei mais em quem confiar.
Afinal, qual a função desse verbo?
O significado dele é real?
Ou só encontro nos contos de ilusão?

De você quero fugir,
Procuro outros lugares pra habitar.
Sem você por aqui, talvez isso vai mudar.

Não sei te decifrar,
Não sei o teu querer,
Nem o que tenho em mim, eu sei sei descrever.
Jogo o que sinto no meu lado oposto,
E ele volta na minha porta entrando como um sopro.

Por que será?
Mesmo sem querer, toda vez quero ficar.
Mesmo chorando, toda vez quero ficar.
Foi assim com os meus sentimentos outra vez.
Foi assim, e vai ser em qualquer lugar.

Deixa fluir seu sentimento em mim!
Larga esse medo que te impede de ser feliz!
Se você se permitir me amar, a voracidade da paixão pode fazer sentido, então.

Sua verdade é o que quero conhecer!
Não quero mais indagações!
Quero respostas agora!
Pensa duas vezes ao me deixar sumir. Um dia não vou querer mais voltar.

É intenso quando gosto de alguém,
Mas quando esqueço, não lembro do além.
Então, vem me amar.
Só sentindo o amor, pra essa intensidade acalmar.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Simplesmente Mari. #02

"Alguém morreu", " Eles vão se divorciar", "Vamos mudar de cidade!"
Minha família tinha um ar tão egoísta que nem passou na cabeça que eles poderiam querer conversar sobre o que eu tinha proposto anteriormente:
- Mari, eu falei com sua mãe. Queremos te ouvir. Por que você decidiu isso de ir pra São Paulo? E ir morar com uma amiga... Quem é essa garota? Por que vai nos abandonar assim?-
Eram muitas perguntas e conversas para um dia só. Vivi 18 anos com o mínimo de diálogo na minha família e ter essa conversa com meus pais era estranho. Só aí eu percebi que não seria fácil convencê-los.
- Pai, mãe, amo vocês. - Realmente eu os amo apesar de tudo - E, não vou abandoná-los. Não se preocupem com minha amiga, ela é uma pessoa maravilhosa, trabalha e disse que pode arrumar emprego pra mim. Antes que me perguntem e como já devem imaginar, conheci ela na internet, mas, já temos contato faz um tempinho.
- Deve ser uma agenciadora que leva garotas para a perdição, ou uma drogada.
- Não, mãe! Não é. Podemos até conhecê-la pessoalmente, juntos. E sobre eu sair daqui, olhem para mim, se é que vocês conseguem enxergar. Não estou feliz, nunca fui feliz. Sofri coisas que vocês jamais entenderiam. Me acostumei tanto com humilhação, solidão e indiferença, que até as lágrimas mal saem dos meus olhos ultimamente, até elas cansaram. Só quero ir em busca de algo diferente, quero mudar minha vida. Eu preciso disso. Vocês não podem me deixar aqui morrendo aos poucos.-
Eles ficaram chocados. Esse é o termo! Chocados. Nunca passaram na cabeça deles que eu era uma garota infeliz, e agora se sentiam culpados. Até minha mãe que era mais ríspida, ficou sensível com tudo que ouviu, meu pai percebeu que poderia ser bom essa mudança que eu almejava:
- Então, vamos conhecer essa sua amiga. Que tal ir pra Sampa esse fim de semana? Poderemos ir na casa dela, conversar com ela e ver como tudo isso vai ficar. Pode falar com ela sobre isso, Mari?
- Claro.-
Meus olhos brilhavam, ignorando os resmungos da minha mãe sobre essa decisão. Na mesma hora corri para contar tudo à Ananda pelo whatsapp. Piorarando minha ansiedade, fazia horas que ela não ficava online. Contei a notícia mesmo assim! Verifiquei o facebook, skype, até o twitter que ela mal usava. E nem sinal dela.
- Onde anda essa garota? -
Até que meu celular toca. Era a Ananda me ligando:
- Mari, me perdoa, só vi suas mensagens agora. Liguei pra conversamos melhor.
- Ai, tou muito feliz, sério! Tudo bem pra você irmos te ver nesse fim de semana?
- Olha, sábado eu não posso, estarei ocupada o dia inteiro. Domingo eu posso durante o dia, pode ser?
- Claro que pode. Domingo finalmente nos veremos, então.-
Desligamos, e fomos logo combinar todos os detalhes no whatsapp.
Eu não queria de maneira alguma voltar para esse interior que fui criada, depois de domingo. Para meus pais, seria apenas uma visita. Para mim, era o dia da minha mudança. Mesmo se eles não permitissem, eu iria pronta para ficar lá.
Durante a semana, conversei com eles sobre como seria, comigo morando em São Paulo. Acho que era umas 3 horas de viagem de onde morávamos. Daria para eu visitá-los e eles me visitarem pelo menos uma ou duas vezes no mês. Meu pai prometeu me ajudar financeiramente, mesmo eu arrumando algum emprego. Apesar da minha seriedade, eles ainda pensavam que era apenas uma vontade passageira  e logo eu esqueceria.
Finalmente chegou domingo. Nunca um domingo amanheceu tão feliz.
Coloquei algumas roupas na mochila que eu usava na escola. Peguei o meu pôster preferido do Nick Carter, meu perfume, uns calçados e mais algumas coisas. Ficou tudo misturado na mochila que ficou enorme. Minha mãe surtou quando viu:
- Pra quê tudo isso menina? Vamos só fazer uma visita, esqueceu?
- Relaxa, mãe. Vou morar lá mesmo, não faz mal levar algumas coisinhas desde já.
E meu sorriso iluminou o rosto dos meus pais. Como era raro isso acontecer, eles aos poucos entendiam cada vez mais o quanto isso tudo estava me deixando feliz.
4 horas de viagem. Minhas contas estavam um pouco erradas. Eu morava mesmo no fim do mundo.
Estávamos os três cansados, mas, eu aguardava ansiosa a chegada de Ananda.
"Como será que ela é pessoalmente?", " Será que ela vem muito arrumada?" "Tomara que ela seja mais legal ainda pessoalmente."
Tínhamos marcado o encontro em um shopping, que segundo ela, ficava perto da casa de onde morava. No whatsapp eu falei a cor da blusa que cada um estava vestido. E em frente à uma loja de jóias ficamos sentados.
Eu tava distraída quando duas mãos cobriram meus olhos.
- Quem é?
- Só não é o Nick Carter.- E caímos na gargalhada.
Era Ananda, finalmente estávamos juntas pessoalmente. Parecia que éramos amigas a muito mais tempo e que nosso contato era além das redes sociais. Meus pais ficaram tranquilos por ver tanta cumplicidade entre nós duas e mais tranquila ficou eu por ver que ela era uma garota arrebatadora, e que eles ficaram hipnotizados por Ananda. Ela estava linda. Com um vestido azul folgadinho que rodopiava na medida que ela andava saltitante. Os cabelos pretos, longos e lisos, e sua pele clara era maravilhosa, sem nenhuma mancha.
Ela era realmente o oposto de mim, não só na beleza, mas também no modo que falava. Não parava um segundo, e eu, junto com meus pais, só ficávamos parados ouvindo. Até as perguntas que eu pensava que seriam frequentes vindas de minha mãe, foram cessadas pelas histórias de Ananda.
Confesso que me deu inveja após ver que além de linda, ela era carismática. Me bateu um ciúmes e uma insegurança. Mas, se eu quisesse mesmo mudar, tinha que jogar essa insegurança que me rodeava desde criança, e decidi acompanhá-la nos diálogos como se eu fosse sempre falante
- Ananda, pode nos levar na sua casa? Você disse que era aqui perto.
- Nossa casa! Posso sim, vamos.
Meus pais se entreolharam e nos acompanharam, fazendo algumas perguntas quando eles achavam alguma brecha.
Quando chegamos em frente à casa, eu não acreditei. Era enorme, parecia uma mansão. Após ela abrir a porta, meus pais e eu ficamos deslumbrados com cada detalhe da casa e antes mesmo que a entrevista começasse, Ananda começou a falar:
- Eu saí de casa quando tinha 16 anos, porque eu e minha mãe infelizmente não nos dávamos bem. Fui morar sozinha em outro bairro não distante daqui, arrumei um emprego e me sustento desde então. Meu pai nos abandonou quando eu tinha 3 anos e não o vi mais a partir daí. Quando eu fiz 18 anos, minha mãe faleceu de pneumonia e ela deixou a casa pra mim. Essa casa.-
Eu fiquei perplexa, mas fingi que já sabia de tudo isso.
Meu pai cortou o clima tenso ao lembrar que já era de noite e que iríamos embora.
- Pai, eu vou ficar.
- Não, você vai conosco e conversamos em casa.
- Não, eu tenho 18 anos e vocês não podem responder por mim. Ficarei aqui.
- Mari, vamos embora.-
Minha mãe puxou pelos meus braços até me machucar, o que me deixou com muita raiva, isso me fez empurrá-la. Até que ela se desequilibrou e caiu no chão. As lágrimas nos olhos dela começaram a cair e eu fingi que não via nada.
- Mari, vou deixar você com a Ananda porque além de gostar muito dela, não quero ver uma desgraça acontecendo entre mãe e filha. Não precisa ser tão rude assim com sua mãe.
Meu pai levantou minha mãe do chão, deu um beijo em minha testa, um abraço de mais de 1 minuto em Ananda.
- Ele realmente deve ter gostado dela.- Pensei comigo mesma enquanto minha mãe não olhando em nossas caras, agarrou nos braços do meu pai, e saíram.
Quando ouvimos o barulho do carro sair, Ananda disse:
- Bem, agora podemos ir pra casa!
- Não estamos em casa?- Falei sorrindo e confusa ao mesmo tempo.
Ananda apenas sorria, enquanto saia da casa e eu acompanhava.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Até que ponto uma paixão por um ídolo é saudável para quem é fã?

Ser fã não é simplesmente gostar e admirar um artista. O fã, ele consegue enxergar no artista, a pessoa que ele é fora dos palcos, das telas, das câmeras. Mesmo se a imagem que ele tenha do ídolo seja nada além de um sonho, e que não corresponda ao que o artista é como pessoa na vida real. Até porque não tem como saber, apesar de todos esses fãs que sabem até da quantidade de fios de cabelos se acharem no direito que dizer: "Ele é humilde", " Quem é fã sabe como ele é fora dos palcos", infelizmente, pura ilusão. Não estou dizendo que ninguém possa ser humilde e que esses seguidores estão errados. Mas, os admiradores apaixonados tem que se colocar no lugar de apenas uma pessoa que prestigia, e por prestigiar tanto, cria uma afeto. Esse afeto faz com que nasça uma esperança no coração, e essa esperança apresenta os sonhos. É esse o sentimento formado através da imagem boa que temos de pessoas que nem conhecemos longe do palco ou da TV, que forma a esperança que eles sejam realmente como pensamos, a esperança de conseguir realizar o sonho de encontrá-los um dia pessoalmente.
Olha, eu já fui muito fã de alguns artistas, do tipo "doente por fulano", com direito a fã clube e tudo. Hoje, não deixei de ser fã de nenhum deles, apesar de muitos anos terem passado, continuo acompanhando o trabalho de cada um desses artistas. Mas, agora penso um pouco diferente. Não faço nada que esteja fora do meu alcance, nem mato e morro por essas pessoas, como antigamente. Hoje, apenas prestígio o trabalho de cada um, me divirto com o que proporcionam como artista, e sim, tenho vontade de conhecê-los um dia, abraçar, dizer o quanto gosto, mas não os trato como ídolos intocáveis. Não vou ser ingrato, reconheço que gostar tanto de alguém assim, de uma maneira quase utópica de ter contato, move com seus sonhos. Eu aprendi a acreditar e lutar pelos meus sonhos através dos artistas que gosto, conheci pessoas maravilhosas que partilham dos mesmos gostos e sonhos e sou grato à esses artistas por isso, mas fora isso, o que essas celebridades fizeram por minha vida, pessoalmente? Eles salvariam a minha vida caso eu precisasse do sangue deles? Quantos fãs morrem por dia sem o artista nem saber que perdeu um membro do seu aflorado fã clube?
O artista tem a vida dele, eu tenho a minha. Mundos diferentes. Tem alguns que valem mais o esforço para correr atrás só por um abraço, outros, não vale a pena nem o mover de um palito. Mas, os maiores artistas que podemos nos tornar fã e que sim, vale todo nossos esforços, são os que nos rodeiam, aqueles que aguentam nossos dramas, que fazem de tudo por um sorriso nosso, são nossos pais, amigos, primos, não importa. Sempre tem alguém no mundo real que esteja do seu lado, só esperando sua admiração e amor, esse amor aflorado de fã, que só é dado para uma pessoa desconhecida. Tornar alguém fã, é uma função além de apenas ser artista, o artista entretém, a pessoa por trás do artista cria esse laço entre fã e ídolo. Para que esse laço não seja quebrado, o amor, o respeito e a dedicação tem que vim de ambos os lados.

domingo, 21 de junho de 2015

Talking About Love #010

Ele diz que ninguém o ama, quando eu, com tanto afeto quero amá-lo.
Ele diz que é inútil para as pessoas ao redor, quando para mim, se tornou uma das pessoas mais importantes no meu mundo.
Mundo pequeno, eu sei. Mas, que encontrou outro mundo, que entre os conflitos de cada um, nasceu um sentimento.
E eu não tenho medo de dizer que o quero toda noite, e eu não tenho medo dessa amizade voraz, e eu não vou ter medo se um dia vinher acontecer o amor.
Tenho medo de perdê-lo entre os devaneios dos pensamentos que os deixam triste, tenho medo que as lágrimas que não posso enxugar, venha o afogar.
Tenho medo que ele se vá, sem entender que o meu sorriso hoje, sempre abre para fazê-lo bem.
E eu não mudaria nada nele, ele é assim, e é assim que gosto dele. Acho que esse garoto veio para me salvar.
Nem deve imaginar o tanto de devaneios tristes que passavam pela minha cabeça antes de conhecê-lo.
Eu apenas o quero bem. De qualquer maneira, o quero bem.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Simplesmente Mari. #01

18 anos! A idade que tantos almejam.
Pra mim, há um ano atrás, ser maior de idade não iria fazer tanta diferença na minha vida. Mas, quando você termina o ensino médio, não consegue vaga em nenhuma faculdade e vê que em 18 anos, não tem muita coisa para contar, um espírito de mudança começa a te incomodar.
E, foi apagando aquela vela de número 18, olhando ao meu redor, minha mãe ainda com a blusa suja de cobertura do bolo e meu pai sorrindo com cara de cansado, que fiz o meu pedido.
Sempre quis morar em cidade grande. Nasci e me criei em um interior de São Paulo, e nunca me satisfazia com esse lugar. Aqui não é um interior evoluído. Pessoas de mente pequena que eu não suportava nenhuma delas. O que me fez uma garota sem amigo algum. Sim, não estou exagerando, eu não tenho contato próximo com ninguém da minha cidade há não ser meus pais. Nem um cachorro eu tinha para brincar e cuidar. A chata da minha mãe nunca permitiu. Aliás, ela não permite nada. A sorte dela é que nunca fui rebelde e por isso não tive que bater de frente com o conservadorismo que tanto prega. Minha mãe é evangélica, vive pra igreja e para o pastor, e eu, apesar de não gostar tanto de religião, não me meto no que ela faz. Só odeio quando me obriga ir em cultos. Sono total!
Meu pai é mais tranquilo, carinhoso, trabalha muito no escritório de advogacia dele, sempre tá com uma cara de cansado. Não sei por qual motivo se apaixonou por minha mãe. São tão diferentes.
Ah, fora os meus pais, eu tenho internet para me fazer companhia.
Quando você não se identifica com nada que te rodeia, é uma ótima solução.
É no facebook que passo grande parte do tempo. Tenho uma fan page sobre a banda "Backstreet Boys", que eu sou apaixonada. Todo mundo acha estranho isso, eu gostar de uma boy band tão antiga. As meninas da escola eram todas fãs de one direction, enquanto eu sofro de um amor platônico por Nick Carter. Vejo vantagens nas idiotices humanas de achar motivos até pra zuar o gosto musical do vizinho. Enquanto as bobinhas do colégio estão correndo atrás dos bonitinhos que estão na moda, eu não tenho muita concorrência para competir comigo, já que meu gosto é tão diferente.
E foi a partir desse gosto diferente que conheci uma garota. Eu gosto dela, depois de tanto frequentar minha fan page, começamos a conversar quase sempre. Ela se chama Ananda. Fez 20 anos há alguns dias atrás e eu admiro tanto a independência que essa menina tem, e a coragem de ir morar sozinha desde os 16.
Ananda me disse que não estuda, mas, trabalha. Só não sei em qual empresa, nunca perguntei! Como ela mora na capital, as oportunidades multiplicam e creio que não deve faltar emprego, independente de empresa.
Certa vez, depois de tanto desabafar da minha vida monótona, solitária e sem sentido, fiquei tentada em aceitar uma proposta da minha amiga virtual:
- Ai, amiga. Vem morar aqui na cidade grande comigo. Sai desse lugarzinho que não te faz bem. Minha casa não é grande. Mas, cabe duas pessoas. E eu arrumo em um minuto emprego pra você no mercado aqui da esquina. Estão sempre precisando de gente nova.
Após desligar o skype e me despedir de Ananda, fiquei pensativa. E decidi colocar meu pedido de 18 anos em ação. Eu ansiava por mudança.
Depois de sofrer todo esse tempo nessa cidade, eu estava decidida a sair. Meus sofrimentos não é capricho meu. Só porque nunca namorei, não tenho amigos, e meus pais dificilmente fazem algo de legal comigo. Não é só porque eu passei a vida toda sendo zuada por ser negra e ter cabelos crespos e nunca ter tido o padrão de beleza que as pessoas inventam. Não é só por isso. Eu sentia que não tinha vida e minha alma gritava.
Não ousei em interromper o jornal que meus pais assistiam na sala:
- Pai, mãe. Decidi meu presente de 18 anos.
- E quem disse que você tem direito a escolha de nada, menina?
- Nossa, mãe. Sempre sútil né? Poderia ser falado na igreja que os pais tem que ouvir os filhos.
- Fala filha, não liga pra sua mãe.
- Obrigada pai, por ser uma pessoa sociável na família. Enfim. Eu vou morar em São Paulo com minha amiga.
Não precisou minha mãe dizer nada, só aquela gargalhada irônica me fez sentir humilhada. Meu pai imóvel, não falou mais nada. Eu me sentia ingênua demais por pensar que eles me apoiariam sem fazer piada. Com as lágrimas correndo nos meus olhos fui deitar a cabeça no travesseiro.
Melhor colocar o travesseiro na cabeça, por mais que ele já esteja tão pesado, de tantas coisas que eu trago e jogo em cima dele.
- Oi.
Meus olhos ainda estavam inchados, quando vi meu pai entrando no meu quarto com minha mãe.
- Oi
Respondi secamente.
- Vamos conversar!
Ambos estavam com semblante sério.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Simplesmente Mari. #Prólogo

Hello!
Sexta-feira passada foi postado o último capítulo da Fanfic "Perina ou Perol: O sonho que virou um pesadelo".
Adorei ter começado assim. Foi legal fazer uma ficção com dois personagens já conhecidos e existentes em outra estória. Mas, agora farei uma totalmente minha, com personagens inéditos que saíram da minha própria cabeça. Te convido a ler um simples prólogo da minha nova ficção, que prefiro chamar de story como intitula o blog.
A partir de amanhã, acompanhem: " Simplesmente Mari". Aqui, todas às sextas. See you!!!

PRÓLOGO

"Sabe quando você se sente fora da sociedade? Poucas coisas fazem sentido e as vezes, vêm questionamentos solitários sobre você poder ser uma alienígena?
É assim que me sinto agora!
Mas, o mundo é assim! São tantas exigências. Que hora penso que são inúteis, outro momento imagino que se elas existem, devem ser importantes.
Eu não ser fã da banda que está na moda, não vestir roupas caras e bonitas, não andar em festas descoladas, não ter amigos!
São essas as exigências, dentre outras tantas que, se muitas vezes não seguimos, nos sentimos como eu falei no primeiro parágrafo: um alienígena.
Mas, eu tenho medo!
Ao mesmo tempo que penso na inutilidade de todas essas exigências, me sinto vazia e acho que é exatamente por não me incluir como os "mais normais".
Sou mesmo anormal?
Até quando eu vou querer continuar assim nessas dúvidas? Eu não estou feliz com tudo isso que me rodeia, mas também, não quero parecer superficial.
Eu sei que quero mudar, minha vida anda monótona demais, porém, temo me tornar uma pessoa fútil.
Estou confusa!
Acho que tou começando a pensar como eles, que tanto julguei. Eles, que tanto já fiz piada em minha mente solitária.
Eles!
Aqueles!
E eu? Quem eu sou?
Sou Mari! Não Mariana, nem Maria, nem Marina. Mari. Simplesmente Mari."

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Cadê os tempos modernos?

Parece que cada dia que passa, ao  invés das pessoas evoluírem a mente, só fica mais claro o retrocesso na forma do povo pensar.
Não sei os outros, mas, eu olho ao redor, e só consigo extrair isso.
Muitos dizem que em tempos passados, era mais difícil os diálogos e que o tabu em relação aos assuntos mais polêmicos era bem maior, mas, imagino que para o ano em que estamos, não temos com o que se orgulhar da forma que os assuntos são debatidos.
E sim, falo de temas como sexualidade, machismo, feminismo, preconceito, bullying e dentre outros.
Se os tempos mudaram, estamos modernos e mais flexíveis, porque ainda se debate tanto sobre estas coisas?
Acredito que se é preciso debater, é por que existe algo de errado, que por muitas vezes, é apenas o pensamento conservador da população.
O preconceito só vai deixar de ser preconceito, o tabu só vai deixar de ser tabu, a falta de respeito só vai deixar de ser falta de respeito, no dia que ninguém vai precisar se juntar numa rodinha pra falar e discutir sobre.
Eu, hoje não tenho tantas esperanças em relação a boa forma de convivência entre as pessoas. Tenho um lado pessimista que só acha que a tendência é piorar. Sobra um grãozinho de esperança sim, não é muita, mas, na mente de um sonhador ela sempre vai estar.
O que mais quero é que um dia os assuntos discutidos para a melhor convivência da sociedade, sejam assuntos que envolvam a política, educação e coisas do tipo. O que tem que ser colocado em rodinhas, é a busca para o bem geral. Isso é sociedade. E o bem geral não tem nada haver com a sexualidade de fulano, a ideologia de ciclano, e estilo de vida de beltrano. Isso é pessoal. As pessoas precisam deixar de lado o conservadorismo para não acabar misturando as coisas. Ter que falar sobre algo que envolva a vida pessoal de alguém, para que só assim tentamos viver em harmonia, não deveria ser o certo.
Acordem! Parem de ligar pra algo que não influência sua vida pessoal. Vamos lutar pelo bem comum tratando de assuntos que realmente englobe o todo.
Vamos matar nossa mente conservadora!
O conservadorismo nos prende em um mundinho limitado quando na verdade o mundo é tão infinito.

domingo, 14 de junho de 2015

Talking About Love #009

Está fazendo frio.
Há um ano atrás, isso seria o conforto para o meu sono.
Só era eu no mundo. Era o meu consolo.
Mas, depois de você, tudo mudou!

Agora, no inverno eu imploro por seus toques.
Que esquentam minhas artérias, levando sangue para o meu coração.
As minhas noites sem você, agora não fazem mais sentido não.

Esse ar gelado que entra pela minha janela, arrepia todos meus pêlos.
E, nesse escuro,
Oh! Não vejo a aquarela.

Lembro logo da areia quente daquela praia.
Você me abraçava, mostrando a luz do sol, a cor da nuvem.
Me ensinando que a cor amor, restitui todo ferrugem.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo. #FINAL

- Eu, juntamente com o júri, decidimos, depois de estudar todos os depoimentos dados, que, o réu vai pagar uma pena de seis meses, em regime fechado, pelo crime cometido. Apesar das circunstâncias, que o réu foi considerado vítima de uma situação perigosa e constrangedora, ele usou de suas mãos para fazer justiça. Julgamento encerrado!
Ao ouvir a sentença do juíz, Pedro chorava, sendo algemado e levado pelos policiais para a penitenciária da cidade. Quando olhava para seu lado, via sua namorada, com três meses de gravidez, então, o garoto começou a se despedir do grande amor de sua vida:
- Karina, meu amor. Me desculpa por tudo isso, me perdoa! Só fiz tudo aquilo pra salvar a sua vida. Só luto por nosso amor, assim também como eu sei que você luta por nós.
Ouvindo isso, as lágrimas nos olhos de Karina desciam, uma cena muito rara de ver:
- Pedro, eu te amo. Não precisa pedir perdão, eu estou do seu lado. Temos um tesouro maior agora, nosso bebê. Esse tempo passará rápido e teremos a vida toda pra sermos felizes.
Ao passar a mão na barriga de Karina, e sentir o bebê ali dentro, Pedro então, decidiu algo não muito fácil:
- Eu sei que você tá comigo, então em nome do nosso bebê, quero te fazer um pedido. Nesses seis meses, não quero que você vá até a penitenciária. Sei que você é teimosa e vai querer ir, mas, como você disse, temos um tesouro maior agora. Pense nele, não quero que sua gravidez seja lembrada por toda essa desgraça, não quero que minha imagem numa cadeia fique em sua mente, passando todo esse sentimento de trauma pra nosso filho.
Karina fechou os olhos. Ela queria muito ir de contra à esse pensamento. Os dois iriam sofrer, mas, a garota entendeu o pedido, e nesse momento difícil, resolveu apoiar:
- Tá bom meu amor, eu não irei. Mas, lembre-se todos os dias, que aqui fora tem duas vidas que te amam demais e estamos te esperando. Você não vai sair da minha mente por nenhum segundo.
- Te amo, minha linda, te amo, minha esquentadinha.
O casal então deu um beijo. Talvez, o beijo de mais sentimento que já tinha passado por aqueles lábios.
E Pedro então, foi levado pelos policiais.
Zé, também não ficou impune por esconder o corpo de Karol por dias, apesar de que os depoimentos dele fez o juíz e o júri terem mais certeza de que garota que se encontrava morta agora, anteriormente fez o casal de vítima, a imagem que passava do senhor, era que ele foi cúmplice, fazendo-o ser condenado.
Durante esses seis meses, o policial Ricardo deu todo apoio ao casal, sendo porta voz. Todo mês, levava à Pedro, fotos de Karina, da barriga que crescia, das roupinhas do bebê. Foi Ricardo que deu a notícia tão esperada pelo garoto, do sexo do bebê:
- É menino! Você vai ser papai de um lindo menino.
E os dois comemoravam naquele lugar que não tinha muitos momentos felizes.
Finalmente, seis meses se passaram, não foi fácil, mas, o amor que Karina e Pedro sentiam um pelo outro, e o fruto desse amor, o bebê, fez com que mesmo nas noites difíceis, eles encontrassem forças.
Ao sentir ar puro, olhar ao redor e ver o mundo à sua espera, Pedro finalmente se sentiu livre.
À sua frente, ele viu um carro e uma mulher que estava de costas.
Ele sabia que era sua amada, ele sentia o vento trazer seu cheiro:
- KARINA, MEU AMOR.
O garoto correu, e foi surpreendido. Quando ele chegou bem perto, a garota então virou-se. Sim, era Karina, estava linda, mais ainda do que sempre foi para os olhos de Pedro. E nos seus braços ela carregava um fruto. O fruto do amor do casal.
- Meu amor, te amo, você está linda. E nosso bebê, como ele é lindo. Vocês dois são minha vida, meu mundo.
O casal não conseguiu segurar a emoção, lágrimas escorriam pelo rosto de cada um, mas, dessa vez era de felicidade.
- O nome dele é Rick. É nosso anjinho. Vamos, pra casa, amor. Temos agora, nossa casa.
Karina então, abriu a porta do carro, e Pedro foi correndo acompanhar. O garoto não foi surpreendido com quem estava lá dentro, Ricardo, como prometeu desde o início, continuava a ajudar o casal, ele era como se fosse da família agora. Era como um avô para Rick.
Durante os seis meses que Pedro ficou preso, o garoto percebeu que não deveria perder mais nenhum segundo de sua vida. Ao chegar em casa, comeu bem, descansou e logo cedo, pela manhã, acordou Karina. Junto com Rick nos braços, levou a garota para uma praia que não era muito longe dali, e que o casal costumava ir para fugir do mundo.
O sol brilhava, o azul do céu coloria a paisagem, e Pedro então se ajoelhou na areia, enquanto a garota segurava o bebê:
- Meu amor, quer casar comigo? Aqui tendo nosso filho como testemunha junto com essa natureza, eu falo pra esse vento levar pra cada canto que meu amor por você é real. E, o barulho do mar, anseia por sua resposta.
- Sim, Pedro. Eu aceito casar com você. Eu não poderia ter um marido melhor do meu lado. Não precisamos provar nada aos homens. O nosso amor está mais do que selado.
Pedro, colocou a mão no bolso da bermudinha do Rick, tirando duas alianças, e o casal trocou juras de amor, beijos, e sorrisos.
Sentados na areia morna, observado a paisagem que celebrava o amor, Pedro deitou no ombro de Karina, e ficou observando Rick dormindo nos braços de sua esposa.
Pedro acabou fechando os olhos, e sendo pego por um momento sonolento, acabou tendo um sonho. Nesse sonho, o garoto só via o céu e as estrelas. Ouvia risos felizes de sua amada e de seu filho:
- Pedro. Acorde, vamos pra casa.
Então, o garoto, levantou, e sorrindo, de mãos dadas com Karina, olhava pra seu filho que também sorria. E os três saíram deixando suas pegadas na areia.

"Dizem que o universo tem um grande senso de humor. E quando sonhos se realizam, parecem um pesadelo. Porque ter o que deseja sempre vem com condições." Gossip Girl

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Qual o preço do amor?

Foi dada a largada.
Começou a batalha entre solteiros X casais apaixonados. Todo ano é a mesma coisa.
Costumamos ver nessa época que se aproxima o "Dia Dos Namorados", principalmente nas redes sociais, troca de fofuras, mensagens enormes de casais expressando o amor um pelo outro, pessoas preocupadas no melhor presente pra agradar sua paixão, acompanhada por inúmeras ofertas e promoções relacionadas à casais, em lojas, restaurantes e afins.
Do outro lado, costumo ver alguns desabafos em  relação à esse dia: " Odeio casalzinho feliz lotando as pizzarias.", "Todo ano passo o dia dos namorados sozinho, vou me encher de chocolate e vinho.", "A única pessoa que merece presente sou eu mesmo", e por assim vai.
São situações diferentes, mas, nas duas encontro algo em comum: o comércio.
Sei que é legal celebrar esse dia, e dentre outras datas comemorativas, mas, sempre me vem na cabeça a lavagem cerebral que o mundo comercial faz sobre os consumidores. O que está em jogo no comércio, não é o amor. Se tiver alguém disposto à pagar, gastar, comprar e extravasar, independente se são amantes, namorados, ou pessoas que procuram afogar as mágoas com elas próprias, serão todos muito bem vindos.
É um saco pra quem é solteiro, ser bombardeado de propagandas cheias de coraçãozinhos celebrando uma vida à dois. Dá até uma leve impressão que essas empresas querem que as pessoas se sintam excluídas por não ter um namoro, e que corram atrás loucamente para arranjar logo um relacionamento, pra só assim, se inserir nessa data, e lógico, gastar um pouco com uns presentinhos básicos.
Queridos, não vamos se estressar com isso. Você que é solteiro e se sente sozinho, olha ao seu redor. Deve ter algum amigo, ou vários amigos, deve ter família, algum cachorrinho, gato ou papagaio. Você não está sozinho no mundo. Para de ser besta! Passei 19 anos da minha vida solteiro, e nunca fiquei na fossa durante essa época, e muito menos com ódio dos casais felizes que me rodeavam. Vamos melhorar, aproveitar que essa data existe, e curtir independente da condição.
E vocês que namoram, o melhor presente que você pode dar ao seu parceiro, por mais clichê que pareça ser, é seu amor sincero. Se tem dinheiro e quer comprar algo, então compra. Mas, caso não tenha, use da simplicidade. Nada melhor.
E que, solteiros, casados, namorados, amantes, amigos, etc, curtam um ao outro não só no dia 12 de junho, mas, sim, o ano todo.
Vamos espalhar o amor de graça.

domingo, 7 de junho de 2015

Talking About Love #008

Você é como uma tempestade, e eu sou como uma folha frágil sendo levada pelo vento nas ruas da cidade.

Mesmo se você me mandasse embora,
Longe não conseguiria ir.
Sua memória jamais sairia de mim.

Largue tudo e vem pra cá,
Me leva pra tomar um banho de chuva ou um banho de mar.
Traga sua ternura, levando embora minha dor,
Seu sorriso provoca o amor.

Quando as luzes se apagam e você não está, logo vem em mente o seu lindo olhar.
Quando seu sorriso abre, é como se dentro de mim, borboletas voassem.

Tenho idéias obscuras na minha mente.
E só consigo me livrar dessa maldade,
Quando te trago de volta pra minha realidade.

Então, não vai embora não.
Fique mais um pouco.
Vamos tomar um chá,
Deitar, girar e rir pra se acabar.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo #08

Pedro estava muito tenso. A cada segundo que passava, se sentia mais confuso, achando que ele mesmo estaria louco. Mas, Ricardo já era experiente com vários acontecimentos que tinha vivido, e, com calma, tentou entender o que se passava:
- Oi senhor! Desculpa. Sou da polícia, me chamo Ricardo e tenho algumas informações sobre um acontecimento que houve aqui nessa casa. Poderia nos ajudar?
- Não aconteceu nada aqui. Saiam da minha casa.
O senhor de cabelos grisalhos se mostrava resistente.
Pedro então, resolveu entrar na conversa:
- Sua casa? Como assim? O que você é da Karol?
- Não conheço nenhuma Karol. Me deixem em paz.
Não estava sendo fácil tirar informações do senhor que se dizia dono da casa.
O policial Ricardo então, usou de sua experiência, e, com cautela, colocou o senhor contra a parede:
- Olha, nós sabemos que aconteceu algo de muito grave aqui. Se o senhor continuar sendo tão resistente vai ser pior pra você. Não estou aqui de brincadeira, posso acionar uma viatura e os peritos a qualquer momento. Você nos ajuda, e eu te ajudo. Pode confiar em mim.
O senhor se manteve calado por alguns minutos, até que quebrou o silêncio com as palavras que Pedro e Ricardo esperavam ouvir:
- Tá bom. Eu vou falar. Mas, não me leva pra cadeia.
- Fica tranquilo, só tem nós três aqui. Precisamos de sua ajuda. Como é o seu nome mesmo?
Ricardo como sempre se mostrava amigável, fazendo com que o homem estranho se sentisse mais à vontade:
- As pessoas me chamam de Zé.
Falou o senhor, enquanto andava saindo do quarto, continuando:
- Eu sinceramente não sei o nome da garota. Mas, eu conhecia. Pelo jeito, é dela que vocês estão em busca, e pelo modo que falam, já sabem do que aconteceu. Não sei como foi, só encontrei o corpo dela ali no quarto. Fiquei com muito medo, por isso não chamei a polícia, nem avisei a ninguém. Mas, não foi eu que matei aquela menina.
- Eu sei que não foi você que matou. Mas, nos fale mais sobre ela, como veio parar aqui na sua casa?
O Policial ansiava por mais informações, e Zé continuava a falar sobre:
- Eu não sei muita coisa dela. A conheci quando chegou aqui na cidade. Tava toda estranha, sozinha na estrada, sem saber pra onde ir, e eu ajudei, trouxe pra cá. Depois de uns dias, ela começou a sair bastante. Mal aparecia aqui. Até que em um desses dias, ela me fez um pedido muito estranho. Disse que ia precisar da casa, e que eu não poderia ficar aqui na minha própria residência. A menina me deu algum dinheiro pra ir naquele hotelzinho barato perto daqui, e fiquei lá uns quatro dias. Comecei a ficar preocupado, pois, quando tive contato, ela se mostrava ter muito ódio de alguém, e decidir voltar. Até que a encontrei morta no quarto. Desconheço os motivos, mas, acho que ela se matou.
- Ela não se matou! Mas, onde está o corpo dela?
Pedro falou com curiosidade, fazendo com que essa pergunta deixasse o homem nervoso:
- Por favor, não me prendam por isso, eu imploro. Não tive más intenções. Enterrei a garota no meu quintal, junto com a arma que estava caída junto à ela.
- É Zé! Você não está preso por enquanto, mas, precisará ir na delegacia dar depoimento de tudo o que aconteceu.
Ricardo explicava para o senhor sobre os procedimentos que iria ter que fazer, até Pedro começar a suar frio, lembrando que sua liberdade também estava em jogo:
- E eu, como fico nessa história?
- Seja sincero como você foi até aqui. Terá que falar tudo o que houve.
Ricardo respondeu, acionando em seu rádio, uma viatura da polícia, junto com a criminalista.
Não demorou muito para a movimentação começar. Policiais e peritos já se encontravam na casa que tudo ocorreu, demarcando todo lugar, e conhecendo a história, a partir do que Ricardo já havia ouvido:
- É, vocês dois, vamos pra delegacia agora.
Disse um dos policiais, levando Pedro e Zé para uma sala, continuando a falar:
- Mas, antes, vocês precisam ver uma coisa.
Ao entrar na sala, os dois já imaginaram o que viria pela frente. Um pacote grande e preto aguardava a visita deles.
Sem sensibilidade, o policial abriu o pacote:
- É essa a garota?
Zé foi logo confirmando. Pedro, por sua vez, demorou um pouco, ao fixar os olhos naquele corpo. Uma alma que ele tinha matado não se fazia mais presente ali, era como se ele visse Karina no lugar de Karol. Até que sem querer mais olhar, finalmente confirmou:
- Sim, essa é a Karol.
O policial Ricardo então entrou na sala, encaminhando os dois para a viatura. Já que ele sabia da história e prometeu ajudar, não queria deixá-los com os outros policiais.
Dentro do carro da polícia, a estrada parecia mais longa do que o normal. A angústia e medo eram as companhias mais vivas de Pedro.
Até que o garoto é pego de surpresa enquanto tinha pesadelos acordado:
- Chegamos. Fiquem tranquilos, ajam naturalmente. Não esqueçam do que eu disse. Digam tudo o que aconteceu.
Ricardo tranquilizava e orientava até a entrada da delegacia.
Assim que Pedro entrou naquele lugar que tinha uma energia tão negativa para ele, viu a única coisa que poderia acalmá-lo:
- Meu amor, o que você tá fazendo aqui? Não era pra estar no hospital?
- O médico me liberou. Tive que vim aqui pra dar meu depoimento, depois tenho que voltar pra lá. Vai ficar tudo bem.
Karina abraçava seu namorado, fazendo por alguns segundos o mundo parar, dando a leve impressão que os problemas não existiam.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mais educação, por favor.

Eu olho ao meu redor e vejo o mundo com tantos problemas, principalmente o Brasil, que já que vivo aqui, posso falar com destreza. A política não funciona, e as pessoas só estão preocupadas em reclamar. As que procuram como melhorar o que encontra de ruim, tem dificuldades de como fazer esse feito.
Sempre que reflito sobre os problemas que assolam o mundo e as pessoas que nele vivem, faço voltas em minha cabeça procurando em teorias, certas soluções, e sempre acabo em um ponto em comum na maioria desses problemas: a educação.
Não adianta lutar para que os políticos invistam na saúde, em vagas de empregos, segurança e dentre outras coisas que nos carecem, se, a educação não for trabalhada da maneira que deveria ser, e, se filtrarmos os motivos que levam a ter tantos problemas nessas coisas citadas, vamos encontrar a milagrosa "educação" em todos eles.
Não existe médicos sem as universidades, não existe advogados sem diplomas, não existe polícia sem treinamento, e não tem como formar bons cidadãos, sem a educação.
Eu só queria deixar claro que quando falo o termo "educação", não levo apenas para o âmbito escolar. É lógico que se o governo e os responsáveis investissem muito mais na educação escolar desde o primário, universidades e programas educativos, resolveria grande parte dos problemas atuais.
Uma boa educação pode evitar que as crianças entrem no mundo das drogas e bandidagem, fazendo com que elas não virem grandes traficantes ou assassinos no futuro. Um bom acompanhamento escolar faz com que sejamos estimulados a ser um bom profissional no futuro, independente da área.
Fora da escola ou universidade, não devemos ficar a mercê do tempo. A procura de atividades supre nosso tempo ocioso, e que essas atividades sejam atividades que nos façam sentir o prazer de exercer algo que cresça nossa mente.
A educação está presente na nossa formação, no mercado de trabalho, no nosso lazer, e principalmente na nossa família.
Por fim, se, com os investimentos que o governo deveria dar, com atividades extras que deveriamos ter, e com uma família que nos ensine sobre integridade, uma parcela dessas coisas que é colocada em discussão hoje, já estariam resolvidas.