domingo, 31 de maio de 2015

Talking About Love #007

Ele é de paz,
Eu sou de guerra.
Nossas mãos se entrelaçam no meio dessa baderna.

Eu canto rock,
Ele prefere indie.
Mas, nossos corpos não resistem quando o pop, em sua batida, faz unir os nossos toques, colorindo nossa vida.

Se tenho a razão,
Só preciso de alguém pra me ensinar o que é emoção.
Se tenho dor, é apenas dele que preciso pra saber o que é amor.

E nossas almas se encontram,
E meus desejos se completam.
Ele não é só oposto de mim!
Encontro nele como preencher, o que falta no meu modo de viver.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo. #07

Apesar das más condições que Pedro e Karina se encontravam, o casal comemorou a notícia de que seriam pais. Principalmente Pedro, que não escondia sua alegria:
- Nossa, eu não sei o que dizer. Tou aqui contigo! Vamos cuidar desse bebê, dá uma boa vida à essa criança. Vamos sair dessa. Juntos, daremos a volta por cima, tá bom?
Pedro falava para sua amada que mesmo na cama de um hospital, estava mais preocupada com os outros acontecimentos que os cercaram nos dias anteriores:
- Eu sei, Pedro. Vamos sair dessa sim. Mas, antes disso você tem que falar com a polícia.
Ao ouvir isso, o garoto logo mudou a face e o tom de voz:
- Com a polícia? Meu amor, não posso. Serei preso. Eu matei sua irmã.
Junto com ele, Karina tentava achar uma solução para esse caso:
- Eu sei que você matou a Karol. É um crime. Mas, se você não tivesse feito isso, eu estaria morta, nosso bebê que ainda está dentro de mim também estaria morto. Você nos salvou. A criminosa na verdade era ela. Temos que falar com o Ricardo. Com a ajuda dele será mais fácil com a polícia. Temos que sair dessa com a consciência limpa, e não vai demorar pra darem falta dela, ou até mesmo encontrar o corpo dela naquela casa.
Karol falava, sendo interrompida por alguém batendo na porta no quarto.
Apesar de que os dois já esperavam que ele voltaria, Pedro não conseguia disfarçar seu nervosismo quando abriu a porta e se deparou com o policial Ricardo, que por sua vez continuava se mostrando amigável:
- Oi meninos. Como anda essa garota de ferro?
- Ah! Eu estou muito melhor agora, já cuidei dos meus ferimentos, fiz alguns exames, descobri que estou grávida e ficarei de repouso aqui no hospital por alguns dias.
Karina respondeu de forma cômica, causando um riso no policial:
- Sério que você tá grávida? Você é mais forte do que eu pensava. Parabéns ao casal. Juízo agora heim?
Pedro então, com um sorriso meio forçado, decidiu seguir os conselhos de sua namorada:
- Ricardo, posso conversar com você em um outro lugar? Vamos deixar Karina descansando um pouco.
O garoto se despede de sua amada com um beijo:
- Não se preocupa, volto depois.
Ricardo e Pedro vão para um lugar mais afastado do hospital, onde poderiam conversar só os dois. O silêncio pairava aquele lugar, até que o garoto resolve quebrar:
- Bom, não vou dar rodeios, isso tá me matando por dentro e preciso falar. Você desconfiou desde o início que algo de grave aconteceu conosco, e você estava certo. Eu matei uma garota.
Ricardo não se mostrou surpreso com a declaração:
- Que garota? Você pode me explicar? Não se preocupe, já ouvi e já vi de tudo nessa vida. Vai ser difícil me impressionar.
Pedro então explicou toda a história. Até que o policial chegou em uma conclusão:
- Olha, não é fácil essa situação. Mas, irei ajudar vocês. Estou com o meu carro. Você me leva na casa que ocorreu esses últimos acontecimentos? Temos que dar um destino pra o corpo dela. Ao chegar lá vamos ter que acionar a polícia e o instituto médico legal. Não fique com medo, não vamos falar nada sobre você, ainda.
Não adiantou muito a última frase dita pelo policial. O medo de Pedro escorria pelos dedos, tinha cheiro e estava tão vivo quanto o próprio. Mas, ao mentalizar sua namorada, seu filho e a vida futura, ele decidiu ter que mover os pés e levou o policial Ricardo à casa que ele não queria voltar nunca em sua vida.
Estava escuro. Já era um pouco tarde da noite, e os dois estavam mais uma vez na saída da cidade. Enquanto Pedro observava, Ricardo carregava sua arma, pegava seu rádio, uma lanterna e encorajava o garoto:
- Preparado para entrar lá de novo? Vai dar tudo certo, vamos lá.
A porta da casa já estava entreaberta, Pedro ligou uma luz, e levou o policial para a frente do quarto que tudo aconteceu:
- Foi aqui que eu a matei. Foi aqui que deixamos o corpo dela.
Ricardo então prontamente abre a porta e para a supresa dos dois, o quarto se encontrava vazio e limpo:
- Como assim? Eu não consigo entender. Só tem um quarto nessa casa, foi aqui que eu a matei. Essa lâmpada, nós deixamos quebrada antes de ir.
Pedro falava com voz trêmula, enquanto apontava para a lâmpada acesa no teto.
Ricardo começou a achar toda essa situação estranha, ele já não sabia se a história do garoto era verdadeira.
Os dois se manteram concentrados no quarto, tentando entender o porquê de não ter nenhum rastro do corpo de Karina naquele lugar.
Até que eles ouvem o barulho da porta da casa se fechando e passos arrastados se aproximando do quarto.
Eis, que um senhor de cabelos grisalhos e aparência acabada entra e dá de cara com Pedro e Ricardo:
- Quem são vocês. O que estão fazendo aqui? Saiam agora.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Como se não houvesse amanhã.

"Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar, cantar e cantar a beleza de ser, um eterno aprendiz..."

Muitos se perguntam qual o segredo da felicidade. Existe mesmo essa fórmula tão procurada?
As pessoas tentam preencher a alma com drogas (lícitas e ilícitas), dinheiro, festas, sexo, música, livros e dentre milhares de outras coisas que envolvem o prazer do ser humano. Seria contradição dizer que elas não estão em busca de uma felicidade, e quem aqui vai dizer que essas pessoas estão erradas?
Todo mundo busca nos prazeres que o mundo e a vida oferece, algo para nos manter feliz, e sim, pode ser passageiro. Não sei o porquê de julgarem tanto essas "felicidades passageiras", se o que vale é o que está acontecendo no presente. E seja tristeza, raiva, alegria ou qualquer outro sentimento dessa linha, tudo vai ser passageiro, a não ser que você tenha uma máquina de fazer parar o tempo. Então, se for assim, que nossa passagem aqui seja com coisas boas para nós, mesmo que para o nosso vizinho não faça muito sentido. Aliás, todos conhecem o velho dito: "Gostos não se discutem."
Particularmente, acho que o segredo não só para a felicidade, mas, para a maioria das coisas que nos rodeiam, é a naturalidade. Quem nunca ouviu alguém falar: "Nossa, não esperava nada sobre o dia de hoje, mas, foi maravilhoso.", ou "Eu fui para aquela festa pensando que ia ser chata, mas, me diverti bastante".
Já dizia Paulo Coelho em uma das frases que eu mais gosto: "As coisas mais simples, são as mais extraordinárias." E, quem aqui vai discordar dele?
Lógico que as coisas extravagantes também são legais, mas, as vezes precisamos de tão pouco para dar uma gargalhada sincera. Eu não sei os outros, cada um que sabe do seu eu, mas, os momentos mais gostosos da minha vida foram e são aqueles que não preciso forçar muita coisa pra sair um prazer que me traga uma felicidade sincera.
Sou a prova viva de que vivendo intensamente, sem se preocupar com o amanhã, traz os momentos mais maravilhosos da vida, e estão muito enganados quem pensa que esses momentos ficam apenas no passado. Minha cabeça está sempre em funcionamento, não sou um retardado. Então mesmo passando anos, não vou esquecer meus momentos felizes que já tive, e estarei vivendo como se não houvesse amanhã garantindo minha felicidade do presente.
Façam o teste. E viva cada dia como se fosse o último. Todo mundo fala disso, mas, quase nunca fazemos. Eu já fiz várias vezes e o resultado é maravilhoso.
Lógico que ninguém é feliz todo dia, mesmo sendo natural, intenso, e até aquelas pessoas que não tratam os problemas com tanto drama. Todo mundo tem seus dias mais cinzas, mas, "... Eu fico com a pureza das respostas das crianças: É a vida! É bonita e é bonita!"

domingo, 24 de maio de 2015

Talking About Love #006

O vento bate na janela,
Me vem logo o calafrio que apela.
Apela as lembranças do seu abraço,
E o desejo de ter ao meu lado.

Lindos resquícios eu tenho de você,
A melodia mais linda do meu viver.
É a história mais linda que eu vivi,
Isso não pôde jamais chegar ao fim.

Vem, te espero,
Vem, te quero.
Sei que fomos bobos, mas, eu sei te perdoar.
Oh, viver sem ti eu não vou aguentar.

Lágrimas rolam ao ouvir aquela música,
Que um dia você disse que era nossa.
Preciso de você pertinho aqui,
Pra viver cada verso, dessa vez sem fim.

Está cravado bem dentro do meu peito.
É por você que eu sinto desejo.
Cinquenta anos pode se passar,
E na minha memória você vai sempre estar.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo. #06

Após o som do gatilho sendo puxado para trás, e do último suspiro abafado pelo estouro do tiro saindo da arma, o único barulho que poderia ser ouvido naquele quarto era a respiração acelerada de duas pessoas.
Pedro se encontrava imóvel e finalmente, Karina quebrou o silêncio ao jogar no chão o que estava por cima da garota: o corpo de sua irmã gêmea:
- Pedro. Me ajuda.
Suplicou Karina.
- Meu amor, eu te atingi?
Pedro não conseguia segurar seu choro e desespero.
- Não você, mas, ela sim. Por favor me leva pra algum hospital.
A garota se esforçava para falar enquanto sua voz saía com dificuldade.
Pedro prontamente foi socorrer sua namorada, percebendo, ao chegar perto, que Karol tinha conseguindo fazer um corte profundo na região da garganta de Karina.
O garoto colocou a amada nos braços, e apenas com um olhar frio, se despediu do corpo de Karol que estava jogado no chão do quarto fazendo contraste com o vermelho do sangue.
Finalmente, o casal conseguiu respirar ar livre, e ao colocar os pés fora da casa, perceberam que estavam distantes de onde moravam, mas, o lugar não era estranho. Era a saída da cidade. A casa se localizava numa beira de estrada, sem vizinhos, sem lojas,
e ao perceber que o sol já estava se pondo e que logo iria escurecer, Pedro ficou mais nervoso. Tentava não transparecer o que sentia, acalmando sua namorada que o agarrava, quase desmaiada nos braços do garoto:
- Meu amor, vou te tirar dessa. Você é a pessoa mais forte que conheço, é você que me dá forças, então, terá forças pra esperar mais um pouco.
Pedro falou dando um beijo em Karina que só ouvia, com a camisa do namorado em seu pescoço para estancar o sangue.
Um rapaz desconhecido que dirigia um carro que passava pela estrada, viu que havia algum problema acontecendo. Então, estacionou perto dos dois com solidariedade:
- Oi, moço. Ainda bem que você passou por aqui. Nos ajuda por favor. Minha namorada sofreu um acidente e precisamos de um hospital.
Pedro explicava e pedia ajuda ao rapaz, que prontamente não pensou duas vezes:
- Vem, entra no carro. O hospital não é tão longe.
Durante a viagem o rapaz insistia em saber o que aconteceu com Karina, porém as respostas de Pedro eram vazias, sem a verdadeira explicação, e Karina ficava calada, quase inconsciente. Até que os dois foram pegos de surpresa com uma revelação:
- Eu sei que essas coisas não acontecem do nada, não sou um amador, e posso ajudar vocês. Meu nome é Ricardo, sou um Policial. Tiveram sorte, pois, estava de férias e voltando de viagem da cidade aqui do lado para voltar ao trabalho amanhã. Acabei encontrando vocês por acaso. E aí, vão abrir o jogo comigo? Podem confiar.
Pedro engoliu seco todas as palavras. Ele sabia que se fosse contar o que realmente aconteceu, iria ter que pagar pelo crime que fez. Ele tinha matado uma pessoa, e o pensamento de que a justiça não entenderia seus motivos, passou o atormentar naquele momento.
O garoto agradeceu aos deuses quando percebeu que o carro já estava na frente do hospital. Um agradecimento duplo, por poder adiar essa conversa com o policial, e por levar sua namorada para os médicos que tanto ela precisava.
Ricardo não hesitou em continuar ajudando o casal, os acompanhando até o médico:
- É, garotinha, você é muito forte. Teremos que fazer alguns exames hoje mesmo, e daqui a pouco já te encaminho para sala de operação. Vamos fechar esse corte. Nisso você terá que ficar internada um tempo, e pra fazer esse procedimento com êxito, vamos fazer uns exames de rotina também. Normal. Você ficará bem.
O médico falava para Karina, que ouvia atentamente, enquanto Pedro segurava sua mão, e Ricardo esperava fora da sala.
Passada algumas horas, o policial que os acompanhava resolveu ir embora por um momento, dizendo que voltaria depois para saber da situação.
Pedro estava nervoso, sozinho na sala de espera. Fazia horas que Karina dormia depois de ter feito alguns exames, e de ter fechado o corte em seu pescoço.
Até que a enfermeira vem em direção do garoto:
- Olá, Pedro. Karina acordou. Agora você pode entrar no quarto, mas, tenha cuidado. Ela ainda está muito sensível. São muitos acontecimentos pra um dia só, não é?
Pedro ficou muito confuso com esse último questionamento, mesmo assim, foi seguindo para o quarto da namorada, ainda estranhando o porquê da enfermeira ter falado daquele jeito.
Ao abrir a porta do quarto, o garoto se deparou com Karina acordada e consciente, sorrindo ao ver o amor de sua vida:
- Oi minha esquentadinha, já tava preocupado. Tá conseguindo falar? Como tá se sentindo?
Pedro falava com tom de cuidado, beijando as mãos da namorada, que conseguiu falar:
- Estou bem, tenho que falar baixinho por enquanto. Obrigado por tudo. Eu não poderia ter ninguém melhor do meu lado. Te amo, Pedro.
O casal se emocionava, sendo interrompidos pelo médico, que entrou no quarto com uns papéis:
- Oi, vejo que você já está bem melhor. Venho com o resultado daquele exame. Estão preparados?
- Que exame?
Pedro questionou, já nervoso.
- Ele não sabe ainda?
O médico falou olhando pra Karina, que resolveu falar:
- Pedro, eu tava com alguns sintomas, e dentre os exames que o médico receitou para hoje, ele resolveu fazer o exame de gravidez. Estão suspeitando que estou grávida.
O médico percebendo o clima tenso, resolveu então deixar o casal, entregando os papéis à pedro:
- Bem, o exame está aí. Caso o resultado for "reagente", parabéns, vocês serão papais. Amanhã nos vemos de novo.
Karina não estava tão nervosa, já tinha se acostumado com a ideia, já que desde cedo o médico tinha conversado com ela.
Pedro suava as mãos abrindo o exame e após ler o que estava nos papéis, olhou assustado para sua namorada:
- Meu amor, você está grávida.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Pedra sobre pedra.

Vocês sabem qual o limite para sonhar?
Hayley Williams canta em "Brick By Boring Brick", "Mantenha seus pés no chão, quando sua cabeça estiver nas nuvens." (Keep your feet on the ground when your head's in the clouds). Concordo com ela. Temos que controlar todas as situações, manter os pés no chão, mesmo que as fantasias nos levem à outro mundo.
Acredito que não existe um limite para sonhar, caso tenha, somos nós mesmos que criamos esse limite.
Os sonhos são responsáveis pelo mover de nossa vida, são eles que esquentam nossa alma e nos mantém o desejo de viver.
Quem não tem sonhos, não tem metas, e não faz sentido usar da vida que temos, se não tivermos algo à cumprir.
Não é obrigado você sonhar em mudar o mundo, em melhorar as pessoas, em conquistar o inconquistável.
Sonhe algo pra você. Procure sonhar com o que te traz prazer nessa vida. E é exatamente essa sensação que tenho ao sonhar, sinto prazer só de pensar que um dia eu farei o que tanto tenho em mente, e me realizarei quando conquistar esse feito, dobrando assim todo esse prazer, renovando meus sonhos, pois, eles não morrem.
Então se você quer tanto alguma coisa, se levante do sofá. Esse papo é clichê, eu sei. Mas, as pessoas sempre precisam de uma balançada e um empurrãozinho para perceber que as coisas não caem do céu. Manter os pés no chão envolve isso também. Temos que ter a maturidade de correr atrás do que almejamos, e sabendo que sim, você pode realizar, e não, também pode não realizar, mas, você nunca vai mudar seu status de sonho ficando igual uma estátua, isso beira o fracasso. E mesmo que demore pra você conquistar seu alvo, essa demora não vai ser ruim. Quando decidimos correr atrás de algo, temos que passar por várias etapas até conseguir, e então, acabamos aprendendo mil coisas da vida, que é maravilhoso. Vamos formando nossa mente com maturidade, transformando nossos pensamentos, aperfeiçoando os conceitos, e nos melhorando como pessoa.
Tá vendo como sonhar é importante? Mais interessante ainda é realizar.
É gostoso fantasiar, e é com os pés firmes que corro em busca da realização, construindo meu sonho pedra sobre pedra, pois mais gostoso ainda é saborear o prazer de alcançar.

domingo, 17 de maio de 2015

Talking About Love #005

Na pobreza ou na riqueza?
Não conheço essa opção
O amor que me rodeia traz riqueza pro coração.

Não quero ouro, nem prata
Quero o sorriso.
Vários abraços,
Que forma um laço entre meu corpo
Que me protege com seu amparo.

E na saúde sorrimos juntos,
Corremos pela areia da praia
E vemos o sol chamando por nós,
As nuvens sorrindo,
As águas refletindo o que é nítido até no escuro.

E na doença temos um ao outro
Te dou força de um lado
Tu me escutas no outro.
Você me traz melhoras através do riso frouxo
Quando ouve piadas que falo, transformadas em antídoto por algum acaso.

Ouvi dizer que a morte separa.
Não acredito nisso não,
Mesmo que eu durma eternamente
Meu amor salta em cada estação.

Sei que por onde eu caminhar e se um dia eu vinher desmoronar,
Basta respirar esse ar.
Sua fragrância sinto de longe
Fazendo meu coração voltar a bater forte como antes.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo. #05

- Oi, pombinhos. Tiveram tempo suficiente pra pensar em minha proposta ou vou precisar exercitar meus dedos?
Karol fala ao entrar no quarto sacando uma arma de sua bolsa enquanto Pedro e Karina estavam intactos sentados no mesmo lugar que a garota os deixou. O casal imaginava que ela poderia usar a arma mais uma vez, porém, em um momento mais tardio e esse adiantamento de Karol com suas ameaças agressivas fez com que a execução do plano ficasse mais tensa.
Karol percebeu que havia alguma coisa diferente acontecendo e por não conseguir entender exatamente o que se passava, ficou mais ardilosa:
- Vocês vão ficar calados? Ah, vocês acham mesmo que vão brincar comigo, fazer joguinhos e conseguir me vencer não é mesmo? Mas aqui vos fala uma mulher de palavra e com nenhuma dúvida na cabeça sobre o que fazer e não uma garotinha que vive num mundinho colorido da Disney.
Karol continuou falando se aproximando de Karina, enquanto pegava com força pelos cabelos curtos da irmã:
- Você sabe do que sou capaz, já provei isso não foi?
O dois continuavam calados e foi então que Karol percebeu que eles poderiam ter armado uma cilada:
- Mas o que é isso?
A garota falou quando viu que Karina escondia algo em suas mãos e que as cordas não estavam apertadas como deixou.
Karina não tinha mais tempo para pensar duas vezes. Ficar parada poderia jogar fora sua chance de se livrar das garras da irmã, e sem titubear, resolveu agir.
Aproveitando que Karol se abaixou para a observar de perto, Karina pegou a lâmpada que estava em suas mãos e quebrou no rosto da irmã que não esperava esse golpe bem nos olhos. E com o susto que levou, deixou a arma cair, enquanto sua visão ficava debilitada escorrendo sangue através de suas pupilas.
Pedro prontamente se levanta e tenta ajudar Karina a ficar de pé e só assim fugir, mas, são pegos de surpresa pela força de Karol, que mesmo machucada e sem conseguir enxergar direito, usou a esperteza ao pegar um pedaço grande do vidro da lâmpada que a atingiu e ao abraçar. Apertando com toda força a irmã e colocando o vidro entre o pescoço da mesma, a garota exalou sua raiva:
- Vocês não vão sair ilesos dessa. Deveriam aceitar minha proposta sem precisar passar por tudo isso.
Karol falou enquanto se preparava para cortar o pescoço de sua irmã que tentava sair dessa situação impondo força.
Pedro percebeu que a garota já iria aplicar o golpe em sua namorada e tenta impedir:
- Não faça isso. Vamos conversar. Fizemos isso porque foi a maneira que achamos para sair dessa situação. Você já nos machucou antes e seria capaz de nos matar, pois não poderíamos ser coniventes com sua proposta louca.
Karol fica com mais ódio ao ouvir tudo isso:
- Conversar? Depois disso tudo você acha mesmo que quero conversar?
A garota percebeu que o plano de viver um amor tão bonito e uma vida tão boa como de sua irmã jamais daria certo nessas proporções e que a única coisa que sobraria depois de todas as atitudes da mesma, seria a cadeia e já que fosse pra viver assim, que realizasse então seu maior desejo, que era tirar sua irmã gêmea do mundo.
Karol então começou a pressionar o caco de vidro no pescoço de Karina, que tentava tirar e sair viva dessa situação, apesar de já sentir a dor cortando em sua pele, e ver o sangue correndo no chão.
Pedro se deu conta que a arma de Karol estava caída perto das duas, e a única coisa que ele conseguiu fazer foi pegar rapidamente essa arma que já havia sido usada para machucar ele e sua namorada. O garoto não conseguia pensar e raciocinar nada, suas mãos tremiam e suavam. E o amor que ele sentia por Karina, o fez fazer uma coisa que por nenhuma outra circunstância faria.
Karol estava tensa com o silêncio do garoto:
- Pedro, cadê você idiota? Imprestável. Não vai fazer nada para salvar sua namoradinha? Eu sempre soube mesmo desde aquela noite em sua cama que você ia me preferir quando isso fosse vir à tona. Não vai falar nada? Dê adeus a sua ex-amada.
E Pedro então finalmente agiu e resolveu calar a boca de Karol. Não com palavras, não por um momento. De uma forma drástica, o garoto quis resolver esse problema.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A galinha do vizinho realmente é mais gorda que a minha?

Uma pessoa que é extremamente feliz, seria capaz de sentir inveja de outras pessoas? A inveja é sempre sinônimo de infelicidade e insatisfação com a própria vida?
Esse sentimento é uma coisa meio complicada de entender em algumas situações, em outras até encontramos o porquê de "fulano morrer de inveja de ciclano", mas mesmo assim continua em minha cabeça a falta de necessidade desse sentimento. No momento, tenho em mente que se estamos felizes, não temos tempo para sentir coisas ruins, já que dedicamos nosso tempo para a nossa felicidade, ou para o motivo da mesma, fazendo com que esse sentimento bom perpertue. Observo ao meu redor inúmeros comentários maldosos sobre a vida das pessoas, seja por escolhas, vida amorosa, vida profissional, não importa. Sempre vai ter alguém dando pitaco, falando mal, zuando e fazendo fofocas. E essas mesmas pessoas não querem nem saber se você está bem e feliz na situação colocada em pauta, apenas se encontram no direito de achar alguma coisa, mesmo que você esteja em Paris tomando chá de camomila em frente à torre Eiffel, cagando para o que pensam.
É lógico que nem tudo o que as pessoas falam mal sobre você pode se caracterizar como inveja, até porque você não é nenhuma Beyoncé (Consultar no wikipédia caso for um analfabeto sobre celebs) para achar que levanta recalque por onde passa, mas, quando certos comentários se tornam frequentes vindo de uma ou mais pessoas específicas, algo de estranho tem aí.
Na maioria das vezes que cheguei a filtrar casos de inveja, percebi que o invejado era feliz e estava bem, e o invejoso tinha algum problema em sua vida que o tornasse infeliz em algumas situações, caracterizando assim, o "recalcado". Então a resposta e o remédio pra tudo é simples: viva sua vida de forma natural, se preocupe com você, crie um amor próprio e pare de se incomodar com o que os outros fazem ou deixam de fazer, pois enquanto você tá fazendo críticas nada construtivas  (no fundo, desejando o que o outro tem), as pessoas estão por aí gozando de amor e alegria como se fossem a Inês Brasil (ver no YouTube caso não conheçam).
E vamos deixar de ser hipócritas, e parar de colocar como desculpa a tal "inveja branca", isso não existe. Inveja é só inveja em qualquer lugar. É um sentimento horroroso que demonstra que há erros em sua vida.
E para finalizar, vamos comprar toneladas de milho para encher o buxo de nossas galinhas e não precisar ficar de olho na do vizinho.

domingo, 10 de maio de 2015

Talking About Love #004

Tenho um amor que é tão puro quanto água cristalina.
E mesmo que passe por córregos, lagos e lagoas,
A pureza continua como em sua nascente.

E esse amor me fez gente.
Respiro um ar sincero desde o primeiro choro.
E se eu procurar zelo, sei que nesse amor encontro.

E pode o mundo desabar
E esse amor se calar
Mas não preciso ouvir a voz do amor o tempo todo.
Só preciso sentir o que é nítido até nos poros da pele.

No dia que serei capaz de retribuir o máximo desse amor,
Ficarei realizado sem sentir nenhuma dor.
Mas sei que mesmo que eu mova montanhas, nada vai superar o que esse amor formou.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo. #04

Tava escuro, Karina tentava abrir os olhos e se sentia sonolenta. Alguma coisa incomodava seus pés e suas mãos. A garota não sabia onde estava e o que se passava. Eis que ela ouve a voz do seu namorado:
- Karina? Tá acordada? Karina? Tá tudo bem?
- Pedro? O que está acontecendo? Por que está tão escuro e onde estamos? Não estou me sentindo muito bem.
Karina respondeu tentando se estabilizar.
- Não sei que lugar é esse. Mas, se você não percebeu ainda, estamos juntos um ao outro e amarrados, sentados no chão. Eu acordei faz uns trinta minutos. Tenho quase certeza que Karol injetou alguma droga em nós, para poder fazer algo conosco aproveitando que ficamos debilitados.
Antes de Karina falar mais alguma coisa, uma luz finalmente acende, e eles ouvem passos de alguém entrando no lugar estranho, e uma voz irônica soando pelo ar:
- Acordaram dorminhocos?
Com nenhuma surpresa, era Karol.
- O que você vai ganhar com isso? Do que adianta nos prender assim? Nos ferir, nos drogar?
Pedro questionou enquanto estava amarrado nos pés e nas mãos com sua namorada.
- Não seja dramático. Não sou tão má assim. Até cuidei dos ferimentos de vocês enquanto dormiam.
Karol falou com ironia, prontamente sendo interrompida por Pedro:
- E por que  não nos matam logo?
Karol sorri e chega perto do casal que se mantém imóvel:
- Own. Por que você é tão bobinho? Eu já disse o que quero. Só quero ter você pra mim. E como já saquei o quanto gosta da minha irmãzinha, sei que não toparia nada sem ela. E por ser uma santa que sou, ainda ofereci dividir você com ela. Fico extremamente satisfeita. Só que Karina sempre foi gulosa querendo as coisas só pra ela, não é? Minha irmãzinha preferida.
Karina fica enfurecida com tanto cinismo e tenta se soltar das cordas enquanto grita com Karol:
- Você vai se ver comigo. Seja mulher suficiente em resolver isso no braço, não seja covarde em tentar me desfigurar com um tiro mais uma vez.
- Você ainda não aprendeu a lição? Eu não quero matar ninguém. Mas, caso não aceitem minha proposta, terei que tomar providências. Não vou deixar barato. Não vou jogar fora todo esse meu esforço. Pensem direitinho, vocês tem o tempo todo aí juntinhos nesse quarto para decidirem viver juntos, e comigo, lógico. Ou abrir mão da vida um com o outro.
Karol fala com tom forte, colocando o casal contra a parede.
- E vocês devem tá assim revoltadinhos porque estão com fome. Toma a comidinha dos bebês.
Fala a garota jogando ração de cachorro em cima de Pedro de Karina e saindo do quarto rindo alto.
Pedro ficou muito confuso sem saber o que dizer, mal conseguia pensar em algo. Enquanto Karina pensava em um plano de como se livrar de Karol:
- Temos que sair desse lugar. Não podemos ficar aqui esperando ela voltar para nos matar.
Karina falava, pronta à luta.
- Esquentadinha, eu confesso que estou com medo e muito doido com tudo isso. Eu transei com ela sem camisinha. Ela pode mesmo ficar grávida de mim.
Pedro falou, assumindo seu medo.
- Você não está pensando em ceder o que essa louca essa propondo né?
A garota já estava ficando mais nervosa, e Pedro então desabafou:
- Eu não sei. Não sei de nada meu amor. Mas, na noite do dia dos namorados, antes disso tudo acontecer, eu tive um sonho, na verdade um pesadelo. E nesse pesadelo acontecia algo muito parecido com isso tudo. Logo depois, eu tive outro sonho com um bebê. E como aconteceu na vida real, algo semelhante ao meu sonho com sua irmã, posso está louco, mas acredito que ela pode ficar grávida de mim, sim.
- Não acredito que você vai se deixar levar por um sonho. Não seja idiota, é só um sonho e por mais que aconteceu alguma coisa que você sonhou, você não é médium pelo que eu saiba. Essas coisas acontecem uma, entre um milhão de vezes. E se ela estiver grávida ou não o problema não é nosso, ela que armou isso. Eu sei que você transou com ela porque pensava que era eu. Te perdoo por isso, aliás, não tenho nem o que perdoar, você não sabia da existência dela. O que temos que pensar agora é uma maneira de sair daqui. E não vamos ceder as ameaças dessa louca.
Karina responde, e não perdendo mais tempo, continua:
- Ela tomou todo cuidado de não nos colocar em um quarto com janelas. Essa vabagunda tirou todos os objetos desse quarto. E o que nos resta são essas rações, o chão, as cordas, as paredes, o teto, e essa a porta de madeira. Tudo que fizermos tem que ser silenciosamente pois ela pode ouvir e vim nos matar na mesma hora.
Pedro fica ansioso para pôr em prática algum plano:
- E o que vamos fazer?
Karina então se mostra focada:
- Todo lugar tem um defeito. Aqui também deve ter. Esse lugar é velho. Ela tirou tudo daqui, mas deve ter sobrado algo. Vamos procurar com nossos olhos.
Não demorou muito pra Karina avistar o defeito no quarto que poderia ajudar o casal.
- Bingo. Aquilo pode nos ajudar.
Karina falou esperançosa.
- O que você viu?
Pedro ficou curioso mas, Karina estava com pressa de se soltar:
- Não temos tempo pra muita conversa, apenas tente se arrastar comigo até aquela parede que está à minha frente.
Os dois então começaram a se arrastar e depois com algumas dificuldades finalmente chegaram ao lado da parede.
- Agora ta vendo isso aqui? Não enxerguei mal. É o que tava prensando. Dois pregos grandes colocado nessa parede. Devia servir para segurar alguma coisa baixa, antes. Vamos esfregar com muita força as cordas, que conseguiremos nos soltar.
O casal começou a passar as cordas sobre o prego com muita força e depois de alguns minutos conseguiram o que queriam:
- Estamos soltos, meu amor.
Falou Pedro dando um beijo na sua namorada.
- Só conseguimos a primeira etapa. Ainda teremos que enfrentar a vagabunda. A porta está trancada. E eu tenho um plano.
Karina continuava seu raciocínio:
- Você me coloca nos braços, e como esse teto não é alto, pegarei essa lâmpada. Ainda temos essas cordas e fingiremos que estamos ainda amarrados, para quando ela se aproximar, atingirmos ela com a lâmpada, e por termos mais força que ela, por ser dois contra uma pessoa. Conseguiremos pegá-la, prender com essas cordas e chamar a polícia.
- E isso vai dar certo?
Pedro tinha dúvidas da veracidade do plano, mas ajudou a namorada a pegar a lâmpada que usaria no golpe.
- Se vai dar certo ou não, saberemos agora.
Karina respondeu enquanto ouvia os passos de sua irmã se aproximando.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

É 2015, e a homossexualidade ainda é um tabu. Em qual século vivemos?

Uma coisa que eu já tentei muito entender e nunca consegui, é o porquê da homossexualidade incomodar tanto a sociedade.
Estamos em 2015, século 21. Hábitos mudaram, a tecnologia avançou, a moda revolucionou e as pessoas ainda insistem em tratar a homossexualidade como um tabu. Acredito que um dos motivos para isso acontecer, é a falta de maturidade no ser humano, misturada com uma cultura enraizada que dificilmente será destruída, ou mudada.
Colocar em debate a condição sexual de uma pessoa é uma falta de respeito e privacidade. E a coisa mais engraçada que ouço, são pessoas equivocadas que falam tanto sobre, diz entender tanto sobre, e se acha no direito de julgar o porquê de uma pessoa ser gay, bissexual, dentre outras condições, quando no meu entender, vejo que só quem pode entender tanto sobre isso são as próprias pessoas que são, já que são elas que sentem o desejo, e que vivem isso. Não estou dizendo que ninguém pode ter uma opinião sobre homossexualismo. Todos tem o direito de pensar e expressar o que acha, mas o direito acaba quando a intolerância começa a agir.
Não vejo o menor sacrifício em respeitar o próximo sem precisar questionar o mesmo. Se cada um preocupasse com a própria vida e deixasse de lado os questionamentos do "achar errado ou certo o que meu vizinho faz", viveríamos um pouco mais em paz, o verdadeiro sentido da palavra " Respeito" poderia então começar a fazer sentido e até poderíamos ser pessoas melhores, já que ao invés de julgar o mundo ao redor, estaríamos tendo tempo para rever os nossos conceitos, melhorando nosso pensamento e nossas atitudes.
É impossível falar sobre a repressão e o tabu com os homossexuais e não citar religião. É triste ver que grande parte disso tudo que rodeia essa polêmica é por conta da religião e da crença que está enraizada na cultura principalmente dos brasileiros. Não é difícil sair na rua e ao abordar esse assunto com algumas pessoas, ver que muitos tem a opinião formada pelo o "que a bíblia diz", " a lei de Deus fala", "Deus é contra". Por favor meus caros colegas, ninguém é obrigado a seguir sua cultura e suas regras. Não vamos misturar os direitos civis que existe para o bem comum, com  direitos religiosos que só servem para quem é seguidor e praticante dos hábitos da igreja ou instituição religiosa.
E todos nós temos o direito de ser nós mesmos, sem repressão, sem julgamentos, temos que crescer e viver naturalmente, expressar nossos desejos naturais, que não tem nada haver com escolhas. Ninguém escolhe uma vida de repressão e preconceito, e dizer que homossexuais "escolhem ser assim" é só mais uma forma da sociedade fazer com que os mesmos sintam culpados pela ignorância que rodeia a sociedade. Mas, os únicos culpados da repressão e preconceito, são os praticantes dessas atitudes tão retrógradas, e eles sim, precisam rever os conceitos e aprender a respeitar e aceitar opiniões e estilos de vida que podem não condizer com seu caráter, mas podem ser importantes na formação do caráter de outros.
Vivemos em um mundo tão grande, de pessoas tão diferentes e cada um com seu pensamento e ideias. Isso é magnífico. Vamos aproveitar o melhor do outro, pegar a criatividade que é tão ampla de cada um e saber fazer debates que realmente sejam relevantes às nossas vidas, que busquem o bem geral para podermos então viver a utópica harmonia.

domingo, 3 de maio de 2015

Talking About Love #003

Os olhos do menino refletem a beleza  do prazer.
Prazer em ser feliz, dançar valsa no salão e sorrir.

E o motivo do sorriso desse menino
Não é difícil de saber.
O sorriso abre toda vez que a paixão inspira vida entre as orquídeas do jardim.

A vida então fica colorida, barulhenta e dançante aos ouvidos do menino elegante.
E aos sons da gargalhada do menino que faz os pássaros dançarem sob as árvores do bosque inspirados no acorde da risada.

E o cheiro do menino paira em cada passo no caminho do riacho.
Faz na gravata um laço
E distribui um abraço
Ao presenciar o amor do seu lado.

O azul coloria o céu
O verde coloria a grama
E o menino coloria uma vida.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Perina ou Perol? O sonho que virou um pesadelo. #003

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?
Gritou Karina ao ver uma garota muito semelhante a ela entrando na casa de Pedro.
- Quem é você?
Pedro falou abismado, ficou sem entender o que se passava. Eram duas garotas idênticas na sala de sua casa. Não era possível para ele. Seu sonho estranho do dia anterior não poderia acontecer na realidade. Pedro não sabia se estava acordado ou em um pesadelo.
A garota semelhante a Karina finalmente resolveu falar:
- Não sabe quem sou eu?
Gargalhando e indo de encontro à Pedro continuava, dizendo:
- Ontem na sua cama, nús, fazendo sexo e me dando amor, você soube muito bem quem era eu. Não foi?
A ira de Karina então começou a agir:
- Vocês transaram? Não pode ser. Sua desgraçada. Quando você vai parar de querer acabar com a minha vida e com minha felicidade? Vagabunda.
Pedro então teve que segurar sua namorada para ela não bater na suposta sósia.
- Alguém por favor pode me explicar o que tá acontecendo? Eu não transei com essa menina. Eu só fiquei com você, Karina. Você que esteve aqui de madrugada.
- Pedro, eu queria muito que você estivesse certo. Mas, você transou com ela. Essa é a Karol, uma irmã gêmea que me odiava na infância, sempre me machucava, fazia coisas horríveis, e meus pais decidiram mandar Karol para o exterior e morar então com meus tios. Pensava que nunca voltaria para cá, eu nunca falo e nunca falei sobre ela com ninguém e nem com você pois eu preferir esquecer a imagem e o tanto que já sofri por causa dela. Mas, ela investigou meses sobre minha vida atual, voltou e quer roubar o grande amor da minha vida. Ontem, depois que você me deixou na minha casa ela te seguiu para saber onde ficava a sua. Depois, voltou para onde moro, invadiu silenciosamente o meu quarto, fez algo que não lembro muito. Só lembro que acordei em um cativeiro, numa casa velha toda fechada e depois de horas, finalmente conseguir me soltar e vim correndo pra cá. Não tinha ideia que ela já tinha ido tão longe com você.
Karina explicava tudo enquanto Pedro estava com os olhos assustados ouvindo e sem conseguir falar alguma coisa.
- Eu não odiava você, eu odeio. Sempre foi a preferida da família só por que era a mais esperta, mais sadia. E eu vivia doente, ninguém me queria por perto, até que finalmente se livraram de mim. Mas eu estou de volta, bebês.
Karol falou em tom irônico e continuava:
- E por falar em bebês, não quer dizer a ela Pedro?
- Dizer o que?
Karina quis saber, nervosa. E Pedro então resolveu falar:
- Não venha me dizer que você está grávida. Ninguém engravida de um dia para o outro. Só transamos uma vez.
Karol prontamente soube responder:
- Claro que não estou grávida. Ainda. Mas, como você adorou nossa noite de amor, deve se lembrar que transamos sem camisinha e eu odeio tomar anticoncepcional. A qualquer momento posso amanhecer esperando um bebê lindo como o papai.
- Você é nojenta. O que você quer para deixar eu e meu namorado em paz?
Karina questionou com ódio.
- De início eu só quero uma coisa, como sou muito boazinha, ainda concordo em dividir o Pedro com você. Quero o amor dele, quero o fogo dele. Eu me apaixonei pelo Pedro, mas, deixo ele ficar com você também e viveremos em paz.
Karol respondeu com firmeza.
- E quando foi que você me perguntou sobre os meus sentimentos? Eu só amo Karina. Você só me teve na cama ontem porque se passou por sua irmã e eu estava muito atordoado. Percebi que minha namorada estava muito diferente, mas não pude fazer nada.
Pedro falou em tom de protesto e defesa.
Karina então se revoltou com o que Karol quis propor:
- Isso nunca vai acontecer. Pedro é só meu. Nosso amor é único e jamais será compartilhado com ninguém. Principalmente com uma vadia como você.
Karina então tentou ir para cima de sua irmã, mas levou um susto pois a mesma sacou uma arma que estava guardada o tempo todo em sua calça.
- Eu não estou propondo nada. Estou afirmando o que vai acontecer e vai ser assim. Se não aceitarem, o pior pode acontecer. Sou capaz, bem capaz de colocar esse gatilho para funcionar.
Karol falou com um tom grave, mas
Karina não acreditava nisso:
- Você não pode nos obrigar a fazer isso. Uma arma não me assusta, e a polícia não está muito longe daqui.
Karol prontamente não pensou e nem falou mais nada, apenas agiu. E foi apertando o gatilho e com dois disparos de sua arma que iniciou seu trabalho.
Com um tiro no pé de Karina e outro no braço de Pedro, fez com que os dois não ficassem em um caso grave de morte, mas os dois ficaram sem conseguir se mover de tanta dor, então com vantagem, Karol sacou de sua bolsa duas siringas, ambas cheias de um líquido desconhecido.
Mesmo debilitados com a dor dos tiros, o casal tentou relutar contra a garota, mas não conseguiu muita coisa. Não demorou para ela dar outro golpe aplicando os líquidos das seringas em cada um, fazendo a visão de ambos escurecer.